Todos os dias, há exatos 40 anos, Antonio de Souza Neto, acorda cedo e parte rumo ao Centro de São Paulo. Fotógrafo pelo curso da vida e jornalista de formação, Toninho tem como destino o número 439 da Avenida São João, endereço de um dos mais populares pontos turístico da capital paulista: a Galeria do Rock.
Síndico do prédio há mais de 20 anos, sua trajetória confunde-se à própria história do cinqüentenário edifício de sete andares, inaugurado no dia 31 de outubro de 1963, em um projeto encabeçado pelos arquitetos Alfredo Mathias e José Schettmann, inspirado nas curvas e traços de Oscar Niemeyer. Época em que a região era considerada reduto de intelectuais, músicos e políticos de uma efervescente cena local, então chamada de “Cinelândia Paulista”.
Os primeiros anos das “Grandes Galerias”
Com obras de arte do italiano Bramante Buffoni espalhadas pelos pisos do prédio, o cenário ainda preservado remonta ao passado de uma galeria dominada, à aqueles anos, pela presença de artesãos, alfaiates, camiseiros, letristas, estamparias e lojas de fotografia.
Anunciado em 1960, o projeto de construção do centro comercial Shopping Center Grandes Galerias ganhou status de “maior centro comercial de São Paulo, num único e majestoso conjunto”, inspirado em tendências estrangeiras “inteiramente nova, resultado de pesquisas realizadas em shopping centers de outras parte do mundo".
Sinônimo de elegância após alguns anos da a inauguração, a história da galeria começa a tomar outro rumo, assim como as lojas tradicionais que deixam a região central para ocupar os shoppings que surgiam pela cidade.
Toninho e Vivi Seixas, filha de Raul Seixas, na comemoração de 50 anos da Galeria |
Manifestação de estudantes, anos 60 |
Galeria do Rock, anos 60 |
Barão Vermelho, anos 80 |
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